O Banco Neon foi atingido por um vazamento de dados durante a noite de terça-feira (11). Hoje (12), fomos contatados pelo próprio responsável deste ataque. O #hacker, que se identificou como Pegasus, aceitou conceder uma entrevista exclusiva. (Foto: Foco na Notícia Br)
Ele afirmou que não trabalhava no banco e que explorou uma falha de segurança que, segundo ele, "existe em quase todos os sites .br". A motivação, segundo Pegasus, veio da insatisfação com a falta de reconhecimento financeiro por parte das empresas. "Já achei muitas brechas, quando reporto, eles nem respondem, simplesmente corrigem a falha e ignoram o bounty", desabafou.
O hacker relatou que tentou negociar diretamente com o Banco Neon, pedindo 5 Bitcoins (cerca de R$ 2,8 milhões) para não divulgar os dados. Diante da recusa do banco, Pegasus disse ter disparado 15 mil SMS para clientes afetados com alertas sobre o vazamento. Além disso, criou um site onde os usuários poderiam verificar se seus dados estavam entre os comprometidos.
Questionado sobre os riscos legais de sua ação, Pegasus garantiu não temer a prisão. "Sou irrastreável há mais de 10 anos", disse, explicando que utiliza VPNs, servidores em nuvem na Rússia e criptomoedas para se proteger.
Em tom crítico, o hacker declarou que o Brasil não valoriza pesquisadores de segurança e que, por isso, muitas vulnerabilidades continuam a ser exploradas. Apesar da gravidade da situação, Pegasus afirmou que seu objetivo não era prejudicar clientes. "Se fosse, eu teria simplesmente despejado todos os dados."
A entrevista foi encerrada quando Pegasus deletou seu número e cortou contato. O TecMundo segue acompanhando o caso e os desdobramentos de clientes afetados e do Banco Neon, que pode enfrentar investigações e penalidades com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
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